Lúis de Camões (1524-1525)
Nos salgueiros pendurei
os órgãos com que cantava.
Aquele instrumento ledo
deixei da vida passada,
dizendo: - Música amada,
deixo-te neste arvoredo,
à memória consagrada.
Frauda minha que, tangendo,
os montes fazíveis vir
p'ra onde estáveis correndo,
e as águas, que iam descendo,
tornavam logo a subir.
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