[04] A pequena Ana

(Bruno Kaoss)

Sua vida era tão pacata
Vida do interior do estado do ceará
Tinha alguns amigos
Um cara que flertava
Tudo bem, tudo natural, uma vida bem normal, yeah!

Seus pais a batizaram de Ana
Em homenagem a sua falecida avó
Ana nunca a viu,
Mas era um nome que gostava.
Até aí tudo bem normal, foi na escola que ela e deu mal.

Suas notas nunca foram muito legais
Mas era a “c.d.f” entre os marginais
Ana, a pequena Ana de sorriso fácil.
Certo dia alguém a chamou pra passear
E ela logo topou, pois era aquele cara...
Aquele garoto que ela sempre sonhava.

Mas ele era um bundão
Resto de carne de porco e sabão
Ana criou nojo então
O cara meteu a mão na sua blusa...

E levou a pequena Ana para o matagal
Pôs a faca em seu pescoço
E a obrigou a tirar a sua roupa...
Fez juras que ela ia se dar mal

Mal ele sabia que o corpo dela nunca ia ter
Ana se voltou, lembrou da aula de karatê
A pele ardia, ele tentou enforcá-la
Mas Ana sabia, que ele não ia matá-la

Ana chora, segura a faca na mão.
Ana sorrir, aquele babaca agoniza no chão.

Ana chora, segura a faca na mão.
Ana grita “aquele bundão”.


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Bruno Kaoss

Um apaixonado por todas as formas de expressões artísticas, em especial a Música. QUESTIONADOR... Adoro divulgar informações e promover debates sobre questões sociais, econômicas, políticas, ambientais e culturais.

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